domingo

Imagine Wesley- Parte 2

       Sumi né? Me desculpem, eu queria poder escrever mais, mas não está dando, minhas notas então péssimas e ainda tenho meus compromissos...
       Sinto tanta falta de ficar mais aqui, mas, depois de um tempão, terminei de escrever a parte 2, escrevi com todo meu coração, eu me comovia escrevendo esse imagine, espero que gostem.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

      Olhava pra ela, que olhava para seus pulsos, apoiados em cima de sua perna, eles pareciam... feridos???
      - O que aconteceu? -de certo modo minha voz saiu mais grossa do que eu esperava.
      - Porque falaria para você?
      - Por que se guarda isso vai ser pior. - passei minha mão de leve em seus cabelos, peguei seu queixo com delicadeza e virei pra mim vagarosamente.
      - Não preciso de ajuda.
      - Não estou te ajudando, estou ajudando a mim mesmo.
      Ela fez uma cara de dúvida, parecia estar longe, pensando em alguma desculpa ou quem sabe resposta, mas não era isso que eu queria, não sou um estranho, mas também não um conhecido.
      - O que você espera que eu responda? - ela me perguntou - Que eu diga que está tudo bem na minha vida e sorria que nem faço com os outros? Por que eu não sei se consigo mais. - ela disse com voz de choro, deixando algumas lágrimas caírem, passei meu polegar por suas lágrimas, secando-as.
      - Quem sabe se você me responder não melhore, dizem que desabafar ajuda. - acho que isso saiu meio grosso, mas não tinha o que falar para ajudar.
       - Porque você quer tanto que eu fale pra você? - Pela primeira vez eu consegui ver seu rosto, notar os contornos dele. Seus olhos brilhavam, não de emoção ou algum sentimento bom, mas sim por causa de suas lágrimas.
       - Você não tem escolhas. Foi o que entendi de suas palavras. Pra quem mais você iria contar? Ou melhor pra quem EU iria contar?
       - Se eu conseguisse...
       - Se confisse em si mesma. - Olhei para ela é abaixei a cabeça. Droga! Porque eu tinha que ser tão idiota? - Desculpa. - Olhei pra ela novamente. Ela passou o dedo sobre seu rosto, na expectativa de limpar alguma lágrima.
       Sem palavras ela se levantou, pensei em algo para falar, mas o que dizer? Me levantei depressa, puxei o seu braço, ela se virou e nossos corpos grudaram, sua respiração estava em meu peito, ela ergueu sua cabeça, me olhando, olhando para meus lábios, olhei em seus olhos, meu coração estava acelerado. Não. Eu não faria isso. Não quero que aconteça tai rápido. Não quero que ela me use enquanto precisa de alguém e depois me jogue fora. Não quero decepcionar ela. Não quero que ela pense que sou qualquer um, ou igual aos outros.
       Me afastei, devagar, não completamente, apenas me afastei, e dei um abraço nela. Um abraço carinhoso. Que foi correspondido brevemente.
       Olhei para o lado, para a janela. Droga! Apaguei as velas e a puxei para a saída dos fundos, fechei a porta, fazendo mais barulho do que esperava, somos correndo pela mata, até que chegamos na rua, onde havia uns banquinhos, nos sentamos em um deles, a abracei, assim que senti que ela estava com frio, e realmente estava frio.
       - Não quer ir pra casa? - perguntei fazendo carinho em seu braço.
       - Não quero nem pensar em voltar pra casa. - nem respondi a isso, não tinha o que falar. Apenas a olhei. - Desculpa.
       - Se desculpar pelo que? Tenho certeza que não tem culpa. - eu falei com tanta firmeza que acho que ela se assustou.
       Derrepente ficou um silêncio, o único barulho que ouvíamos era o barulho do vento frio e das folhas, além dos trovões, há quanto tempo o clima não ficava assim! Mas isso não vem ao caso.
       Meu coração estaca acelerado, minha pele arrepiada, o frio era muito para apenas a blusinha que eu usava, engoli seco, olhei pra ela, com a cara de choro, com as bochechas avermelhadas.
       - Sei que não quer, mas é melhor ir para casa. - ela me olhou com uma cara de ódio ou raiva. - Está ficar Jundo frio e tarde... - derrapante pareceu que ela deu uma acordada, se levantou rapidamente e disse que era melhor mesmo, falou tchau e saiu correndo, sumindo de minha vista.
       Me levantei, e comecei a caminhar, chutando uma pedrinha que achei no meio do caminho, pensando.
       Enquanto chutava a pedra me peguei pensando, se a pedra tivesse sentimentos, como se sentiria? Ela sempre é chutada por todos, como se ela não fosse importante, como se ela fosse inútil, como se fosse uma cobaia. Eu me sentia assim. U, nada. Um lixo.
       Tudo parecia estar tão errado, tão... não adianta, nada nunca vi estar correto, nada nunca vai estar... perfeito. Suspirei.
       Cheguei em casa, subi na árvore, abri a janela do meu quarto e pulei está, me joguei na minha cama... porque é que eu fiz aquilo? Eu poderia ter beijado ela e estar sorrindo agora. Mas não é tão simples assim, eu poderia estar feliz, mas ela confusa.
       O outro dia foi que nem os outros, mas um pedaço de mim não compareceu, um pedaço de mim nunca está presente.
       Ela estava lá, como sempre, com as mesmas pessoas, com o sorriso forçado, com os olhos sem brilho, como vem estando...
        Ela estava a procura de alguém, não parava de olhar para os lados, mas acho que não encontrava.